Aumente a segurança em transportadores de correia. Nosso guia essencial lista os riscos (MSHA), as 10 Regras de Ouro (LOTO) e como a engenharia evita acidentes.

Na indústria de materiais a granel, os transportadores de correia são o sistema circulatório da operação. Eles ditam o ritmo da produção e são essenciais para a movimentação de toneladas de material. No entanto, essa onipresença esconde um fato alarmante: eles continuam sendo uma das principais fontes de acidentes graves e fatais na indústria. Relatórios recentes da MSHA (Mine Safety and Health Administration), agência de segurança de mineração dos EUA, confirmam que o perigo é constante, com fatalidades sendo registradas em datas tão recentes quanto 2024 e 2025. Este não é um risco teórico; é uma realidade diária que interrompe operações e, pior, coloca vidas em risco.

Por muito tempo, o setor conviveu com o mito de que “segurança” e “produtividade” são forças opostas; que para se ter mais de uma, seria preciso sacrificar a outra. A realidade, no entanto, é o exato oposto. Uma operação insegura é, por definição, uma operação ineficiente. Paradas não programadas causadas por acidentes, afastamentos de pessoal qualificado, danos a equipamentos caros e o custo da limpeza de material fugitivo são os maiores vilões da lucratividade de uma planta. 

Investir em segurança em transportadores de correia não é apenas uma obrigação moral ou legal; é a principal estratégia para garantir a produtividade e, claro, um ambiente de trabalho adequado para seus colaboradores. Neste blog post, trouxemos um guia para consolidar todas as informações essenciais sobre o tema , conscientizar sobre os riscos  e, o mais importante, demonstrar como a engenharia moderna transforma zonas de perigo em centros de eficiência.

Mapeando os Perigos: os riscos reais dos Transportadores de Correia

O primeiro passo para um manual de segurança eficaz é um diagnóstico preciso. Para quem não está familiarizado, um transportador pode parecer simples, mas ele é uma máquina complexa com múltiplos pontos de perigo. A complacência é o maior inimigo da segurança. Os riscos são multifacetados e muitas vezes ocultos:

Pontos de Esmagamento e Pinçagem (Nip Points): Estes são os riscos mais letais. Ocorrem em qualquer ponto onde a correia em movimento passa por um componente estacionário, como polias (especialmente de cauda e acionamento), roletes de retorno ou estruturas de vedação. Qualquer ferramenta, membro do corpo ou mesmo roupa larga que seja “puxada” para um desses pontos pode resultar em amputação ou fatalidade em segundos.

Material Fugitivo e Derramamento: O acúmulo de material que vazou dos pontos de transferência  ou retorna grudado na correia não é apenas um problema de limpeza e desperdício. Ele é a causa-raiz da maioria dos acidentes. A estatística é clara: a vasta maioria dos acidentes graves ocorre quando trabalhadores tentam remover manualmente esse material derramado com o equipamento ainda em movimento.

Falhas Mecânicas e Componentes Móveis: Correias desalinhadas, roletes travados ou falhas em motores podem causar paradas abruptas, chicotadas da correia ou movimentos inesperados, criando riscos graves para qualquer pessoa que esteja próxima.

Manutenção Inadequada: O maior risco, sem dúvida, é a intervenção humana para manutenção ou limpeza sem os procedimentos corretos. A tentativa de “resolver rápido” um bloqueio, ajustar um raspador manualmente ou “dar um jeitinho” no acúmulo perto da estrutura sem o bloqueio adequado é a receita para o desastre.

As 10 Regras de Ouro da Segurança em Transportadores

A conscientização é a base da prevenção de acidentes. No entanto, apenas a conscientização não é suficiente. Ela precisa ser apoiada por regras rígidas e, crucialmente, por engenharia que torne o cumprimento dessas regras mais fácil.

O nosso livro Foundations™ for Conveyor Safety (Segurança ao Trabalhar com Transportadores) é uma coleção do mundo que contém as melhores práticas mundiais da Martin Engineering e se junta à nossa série Foundations™ de livros e treinamentos. Este abrangente manual com mais de 300 páginas é voltado exclusivamente à segurança dos transportadores.

Nele, é possível encontrar estas 10 “Regras de Ouro”, que devem ser a política central de qualquer operação:

Respeite o Equipamento em Movimento: Jamais, sob nenhuma circunstância, realize manutenção, limpeza, inspeção ou qualquer intervenção em um transportador em movimento.

Use EPIs Adequados (e o que NÃO usar): Capacetes, óculos de segurança e botas com biqueira de aço são essenciais. Tão importante quanto, é NÃO usar roupas largas, joias, cordões ou cabelos longos soltos que possam ser agarrados por partes móveis.

Domine o LOTO (Bloqueio e Etiquetagem): Antes que uma única ferramenta toque o equipamento, ele DEVE ser desligado, bloqueado e etiquetado (procedimentos de LOTO ). Apenas a pessoa que realizou o bloqueio pode removê-lo.

Nunca Trabalhe Sozinho: Em áreas de risco ou durante manutenções complexas, sempre trabalhe com um parceiro ou vigia. A comunicação é vital.

Comunique-se Antes de Agir: Antes de religar um transportador após uma manutenção, garanta que toda a equipe esteja ciente, em local seguro e que todos os dispositivos de segurança estejam no lugar.

Conheça as Paradas de Emergência: Saiba a localização exata e como operar todas as chaves de emergência (pull cords) ao longo do transportador. Elas devem estar visíveis, acessíveis e operacionais.

Mantenha as Proteções no Lugar: Grades, proteções de polias e componentes móveis não são opcionais e não devem ser removidas, exceto para manutenção (com LOTO aplicado). Elas são a primeira linha de defesa.

Projete para a Segurança: A melhor manutenção é aquela que não precisa ser feita. E a melhor intervenção de risco é aquela que pode ser evitada. Isso nos leva às duas regras mais importantes.

Invista em Engenharia que REDUZ a Exposição: A maioria dos acidentes ocorre durante a limpeza de material fugitivo. A engenharia moderna foca em eliminar a causa-raiz desse acúmulo. Sistemas de Limpeza, como o Raspador Martin® EcoSafe™, removem o material da correia antes que ele se torne um problema. Soluções de Ponto de Transferência (como calhas-guia, mesas de impacto e sistemas de vedação) evitam o derramamento e a geração de poeira na fonte.

Facilite a Inspeção Segura: Se um operador ou técnico de manutenção não pode ver o problema com segurança, ele tentará acessar a área de risco. A instalação de Janelas de Inspeção permite que a equipe monitore com segurança o fluxo de material, o desgaste de raspadores e o acúmulo de finos, sem precisar remover proteções ou se aproximar de partes móveis.

    A Conexão Inegável: como a Engenharia gera Produtividade e Segurança

    É aqui que o mito “segurança vs. produtividade” é completamente quebrado. Implementar uma cultura de segurança robusta, apoiada por soluções de engenharia, como as que a Martin Engineering Brasil oferece, é o caminho mais direto para a otimização de processos e redução de paradas.

    Pense no custo real do material fugitivo. Ele não é apenas um risco à segurança. Ele exige paradas programadas (e muitas vezes não programadas) para limpeza, o que consome horas de trabalho que poderiam ser usadas em manutenção preditiva. Ele desgasta prematuramente roletes, polias e a própria correia, reduzindo a vida útil dos ativos. Ele gera poeira, que pode ser um risco respiratório ou até mesmo explosivo.

    Ao implementar soluções de engenharia da Martin®, como Raspadores de Correia que limpam de verdade e Sistemas de Vedação que contêm o material nos pontos de transferência, o problema é resolvido na origem. O resultado imediato é um ambiente de trabalho intrinsecamente mais seguro, pois a necessidade de intervenção humana para limpeza em áreas de risco é drasticamente minimizada.

    O resultado secundário é o ganho direto de produtividade. Menos paradas para limpeza significam mais tempo de atividade. Menos desgaste de componentes significa menor custo de manutenção e maior vida útil dos ativos. Pontos de Transferência otimizados  garantem que o material flua corretamente, sem bloqueios e com controle de poeira, aumentando a eficiência volumétrica de todo o sistema. Portanto, a segurança, quando alcançada através da engenharia, é produtividade.

    A Segurança como Pilar Inegociável da operação

    A segurança em transportadores de correia não é um documento estático guardado na gaveta ou uma palestra anual da CIPA. É uma prática diária, uma responsabilidade compartilhada que começa no projeto e vai até a operação do dia a dia, sendo um pilar fundamental para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer operação industrial.

    Como vimos neste guia, os perigos são reais e constantes, mas as soluções são igualmente concretas. Ao combinar o treinamento rigoroso da equipe (as “10 Regras de Ouro”) com a engenharia proativa que remove o trabalhador da zona de perigo, transformamos o transportador de correia de um passivo de risco em um ativo de produção confiável, eficiente e, acima de tudo, seguro.

    Sua operação precisa de um diagnóstico? Entre em contato com nossos especialistas e descubra como otimizar seus transportadores de correia

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